A relação interdependente entre Donald Trump e Vladimir Putin tem sido preocupante desde o início, especialmente devido ao fato de ele ter convidado publicamente a Rússia a interferir nas eleições americanas, o que é claramente inaceitável e antiético. Isso não apenas coloca em risco a democracia dos Estados Unidos e a de outros países, mas também a segurança nacional de qualquer país.

Recentemente, a postura de Trump em relação à Rússia se mostrou inalterada mesmo após a morte de Alexei Navalny, líder opositor russo, em uma colônia penal russa. Ao não criticar Putin e não tomar medidas firmes em relação a esse trágico evento, Trump dá margem para que o líder russo continue com um comportamento autoritário e desrespeitoso aos direitos humanos. Essa atitude antidemocrática é preocupante e cria um precedente perigoso para outros líderes de países democráticos, principalmente na América Latina.

O processo de impeachment em 2019 também revelou o desprezo de Trump pela Ucrânia. Ao pressionar o presidente ucraniano a investigar seus oponentes políticos em troca de ajuda militar crucial, ele demonstrou claramente que está disposto a colocar seus próprios interesses pessoais acima do bem-estar de um país parceiro.

É lamentável e vergonhoso ver que a política partidária e a lealdade a um ex-presidente estão impedindo a Câmara dos Deputados de aprovar o pacote de ajuda à Ucrânia. A Ucrânia está enfrentando uma possível invasão russa e precisa desesperadamente dessa ajuda para se manter segura. Negar essa ajuda é negar a soberania da Ucrânia e permitir que a Rússia avance impunemente.

É hora de os membros da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos agirem e colocarem os interesses da Ucrânia, da segurança internacional e da democracia acima de suas preferências políticas. A aprovação desse pacote de ajuda é crucial e a história julgará aqueles que se recusam a fazer o que é certo. É hora de agir antes que seja tarde demais.

Infelizmente, a postura de apaziguamento de violações de direitos humanos e agressão contra países soberanos, expressada por líderes da esquerda analógica, que são complacentes e ignoram as mentiras propagadas pela direita digital comandada por Vladimir Putin e seus aliados políticos, contribui para a continuação da agressão a um país soberano, desrespeitando claramente as regras internacionais que visam preservar a integridade de uma nação independente.

Palmarí H. de Lucena, membro da União Brasileira de Escritores