Por muito tempo, o cidadão conviveu com a sensação amarga de que o roubo de um celular era um problema sem solução. A descrença se espalhou como praga urbana, alimentada por anos de promessas frustradas e investigações que, muitas vezes, não passavam do papel.
Mas algo mudou — e mudou para melhor. Na Paraíba, a Polícia Civil virou o jogo e mostrou que segurança pública se constrói com inteligência, tecnologia e, sobretudo, com confiança. A criação de unidades especializadas na recuperação de celulares roubados não foi apenas uma inovação administrativa. Foi um gesto de respeito à população e de compromisso com um novo modelo de fazer segurança.
O impacto foi imediato. Só em João Pessoa, mais de mil aparelhos já foram devolvidos aos donos, somando mais de R$ 1,6 milhão em bens recuperados. Mas o que importa aqui vai muito além dos números. Trata-se da devolução de algo que não tem preço: a confiança nas instituições, no serviço público e no trabalho sério da Polícia Civil.
Quando o cidadão percebe que seu boletim de ocorrência não vai para uma gaveta esquecida, mas sim aciona uma engrenagem de inteligência e investigação, ele se sente parte da solução. E isso muda tudo. O crime deixa de ser visto como uma fatalidade e passa a ser enfrentado como um problema coletivo.
Registrar o boletim não é mais um ritual burocrático. É um ato de cidadania. É dar à polícia as ferramentas necessárias para agir. E a polícia, por sua vez, responde com resultado, com devolução de bens, com prestação de contas e, acima de tudo, com respeito.
Desde janeiro de 2025, o número de registros de ocorrências dobrou. Isso não aconteceu por acaso. É reflexo direto de uma polícia que entrega resultados e de uma população que entende que combater o crime não é tarefa exclusiva do Estado — é uma construção conjunta.
Quando sociedade e polícia se reconhecem como aliados, o crime perde espaço. A impunidade recua. E o que avança é uma nova cultura de segurança, baseada na participação, na confiança e no compromisso compartilhado.
A Polícia Civil da Paraíba provou que, quando há vontade, preparo e diálogo com a sociedade, o impossível se torna rotina. E, sim, milagres acontecem. O santo do dia veste crachá, distintivo… e atende pelo nome de Polícia Civil.
Por Palmarí H. de Lucena