(Paródia de “Marina” – Dorival Caymmi)
Letra adaptada por Palmarí de Lucena
Marina altiva, Marina,
Você nos calou.
Com calma, firmou seu passo,
E não recuou.
Não fez concessão ao cinismo,
Ao grito que a subjugou…
Marina, você já é grande
Com o que Deus lhe soprou.
O Aziz gritou, esperneou,
Mas não fez abalar.
E o outro que exige respeito
Mal sabe o que é respeitar.
Querem floresta no asfalto,
Querem a pressa sem o bem,
Mas Marina segura firme
No rumo que vai além.
Marina, não é submissa,
Não baixa o olhar.
Se ergue com voz serena,
Pra não devastar.
Falaram de “atraso e obra”,
De freio no tal país,
Mas quem para a destruição
É que traz novo matiz.
Marina, mulher de fibra,
Com verde no olhar.
Se pintou de causa justa,
Pra nos resguardar.
Não precisa de permissão
Pra ter dignidade e voz.
Marina é da Amazônia
E resiste por todos nós!