Liberdade de imprensa, até quando?

Liberdade de imprensa, até quando?

Segundo um relatório do “Commitee to Protect Journalists”,  o governo Trump vem incrementado perseguições contra fontes de noticias, intimidando jornalistas, interferido contra empresas de meios de comunicação, permitindo o empoderamento de lideres estrangeiros autoritários de restringir suas próprias mídias. Manobras espúrias do presidente têm um impacto devastador, causando a erosão da opinião pública sobre a credibilidade da imprensa, subestimando a verdade e consenso sobre o COVID-19, enquanto o vírus ameaçava as vidas de milhares de pessoas nos EUA e mundo afora.

Minimizando os perigos do COVID-19 nos primeiros dois meses deste ano, Trump fez uso das mídias sociais para denunciar, espalhar mentiras e contribuir para perdas na Bolsa de Valores. A confirmação cientifica que a emergência era real, com possibilidades de impactar o bem estar e a economia do País, motivou a imprensa a publicar inúmeras matérias denunciado a falta de preparação e inverdades na narrativa oficial, o presidente retrucou com inverdades e acusações da imprensa ser desonesta, alarmista e interessada em denegrir a imagem dos EUA e seu governo.

Caracterizada pela hostilidade sem precedente contra a imprensa, a narrativa de Trump usa comícios partidários, conferências de imprensa improvisadas, respostas agressivas a perguntas de repórteres, enquanto apresentadores de talk shows de matiz direitista e milhares de tuites usados para atacar meios de comunicação. O presidente refere-se frequentemente a imprensa, de arautos de “fake news”, “inimigos do povo”, “corruptos”, “escumalha humana” e os “piores seres humanos que poderíamos conhecer”. Retórica assustadora pelo uso de expressões como o “imprensa mentirosa” do Nazismo, “inimigo do povo” do Stalinismo e nas “purgações políticas” da Revolução Cultural Maoista, para inibir a liberdade e destruir a imprensa livre.

            Eventos recentes no Brasil, espelham as manobras e narrativa tóxica de Trump contra a imprensa,  provocando agressões físicas e verbais contra jornalistas, empresas de meios de comunicação em mídias sociais, na tentativa de destruir a credibilidade e sustentabilidade de órgãos imprensa brasileira, taxadas de comunistas ou inimigas do povo. Crescente preocupação existe com o gradual desmanche da democracia americana e a aparente sincronização do Governo do Jair Bolsonaro com a ideologia Trumpista.  Ataques de ambos líderes demonizando a imprensa livre, um dos pilares fundamentais da democracia, provoca o grande medo que eles subvertam instituições do Estado Democrático de Direito, para garantir permanência no poder.

Palmarí Holanda de Lucena, membro da União Brasileira de Escritores

Comentários

  • Marília Mesquita Guedes Pereira disse:

    Lamentável.! Cada vez ficamos estarrecidos com o ser humano em eleger os piores presidentes. Cada vez mais tenho certeza que vivemos numa sociedade doentia!

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