No balanço do pandeiro
Jackson veio a comandar,
Com Sebastiana correndo
Feito bala sem parar!
Na latada o povo dança,
E o forró vai esquentar.
Tem chiclete com banana,
Misturado no baião,
Quem quiser tocar comigo
Tem que ter disposição!
Sambar com pé no terreiro
E forrozar no salão.
Cantou o canto do sapo,
Na beira de um brejo fundo,
Com a boca bem escancarada
Fez eco por todo o mundo.
É cantiga de engenho,
Com poesia do fundo.
Se for forró em Limoeiro,
Leve a moça pra dançar,
Mas cuidado com o ciúme
Do cabra que vai passar.
Tem briga, tem confusão
E sanfona a tocar!
Jackson era rei do ritmo,
Rei do coco e do baião,
Com um a um de repique
E versos de precisão.
Na embolada ligeira,
Tinha sangue e tradição.
De Alagoa Grande ele veio,
Com talento sem igual,
Levando no peito a honra
Do artista original.
Nordestino arretado,
Fez do riso seu sinal!
Por Palmarí H. de Lucena