Mundo afora, as coisas estão piorando. A China aparentemente está considerando medidas repressivas para coibir protestos em Hong Kong, semelhantes as tomadas contra manifestantes na Praça da Paz Celestial (Tian’anmen) em 1989. Hostilidades entre a Índia e o Paquistão aumentam o risco de conflito armado sobre a Caxemira, acirrando diferenças étnicas e disputas pela divisão de fronteiras nacionais. A Turquia renovou ameaças de invadir o Nordeste da Síria e retomar a região das milícias Curdas aliados aos Estados Unidos. A Coréia do Norte continua testando armamentos nucleares e novos mísseis. A possibilidade da criação de dois estados em Israel e Palestina, se tornou mais remota do que em décadas. O Reino Unido corre o risco de enfrentar escassez de alimentos, se o Boris Johnson, cumprir sua promessa de sair da União Europeia sem um acordo formal. Nacionalismo e autoritarismo ameaçam esforços para mitigar o aquecimento global e promover o livre comércio. E o mundo parece estar a borda de uma recessão…
Os frutos da política externa errática e incompetente de Donald Trump, estão contribuindo para o enfraquecimento de alianças, esvaziamento da arquitetura diplomática e mecanismos de segurança nacional. O presidente americano aparenta lidar com questões de relações internacionais, como se fosse uma estrutura de Jenga, um jogo onde participantes se revezam para remover blocos de uma torre, equilibrando-os em cima, criando uma estrutura cada vez maior e mais instável à medida que o jogo progride. A estrutura funcionou por algum tempo, agora ela está começando a oscilar. Obviamente, a maioria das crises mundiais não são causadas por Donald Trump. Uma administração americana, mesmo competente, não poderia ditar as políticas de outros países, especialmente aqueles poderosos como a Índia e a China. Lamentavelmente, de uma crise após outra, a Administraçãotem falhado em agir apropriadamente ou agir de uma maneira que facilitasse a resolução pacífica de conflitos internacionais.
Palmarí H. de Lucena, membro daUBE