Desde os tempos de Marta Rocha
E da bela Terezinha Morango,
Com seus maiôs Catalina à mostra
Nas páginas do velho O Cruzeiro,
O povo aplaudia com esmero
As musas num brilho sem igual.
Ainda hoje, o povo é atento
Aos concursos de Miss com fervor,
Uns imitam modelo famoso,
Outros criam seu próprio esplendor:
Professorinhas, influencers, cantoras,
Desfilam com charme e amor.
No São João do Sabugi encantado,
Terra boa do Rio Grande do Norte,
O orgulho virou tradição
E os concursos ganharam suporte.
Toda festa tem sua rainha,
Miss da palma, da serra e do corte.
Tem Miss Caatinga e da Laranja,
Miss Infantil e da Educação,
Miss Carnaval, Festa da Padroeira,
E a Simpatia do Bairro em consagração.
Cada moça que sobe à passarela
Leva consigo o brilho da paixão.
E no comando do espetáculo, altivo,
João Quintino, mestre da cerimônia,
Curador da memória e do estilo,
Mecenas das moças com harmonia.
Dá voz, coragem e reverência
À beleza e à sabugiense poesia.
As costureiras ganham o palco
Com vestidos que são poesia,
O salão vira passarela
Num desfile de fantasia.
E a plateia bate palmas
Ao ver tanta graciosidade e harmonia.
Falta apenas, diz o povo sorrindo,
A Miss Serra do Mulungu chegar,
Pra completar esse espetáculo
E o livro das misses fechar.
Sabugi, com sua beleza e encanto,
Faz do sonho seu modo de brilhar.
Por Palmarí H. de Lucena