A história de Algodão de Jandaíra está profundamente enraizada no processo de colonização do Agreste Paraibano, que começou no século XVII. Famílias dos donatários da Capitania de Pernambuco foram pioneiras nessa ocupação, transformando a paisagem selvagem em áreas cultivadas e habitadas. Algodão, que hoje se destaca como um município em crescimento, fazia parte de Remígio, antigo território da Aldeia.
A partir de 1713, figuras ilustres como Duarte Coelho Pereira e Jorge de Albuquerque Coelho marcaram a região, deixando um legado que se estende até os dias atuais. Antes dessa ocupação colonial, a terra era habitada por tribos indígenas, como as tabas de Queimadas e Jandira Caxexa. Em 1778, colonizadores chegaram às margens da Lagoa de Remédio, nomeada em homenagem a Remígio, genro do desbravador Barbosa Freire. A fazenda Jandaíra, situada entre Areia e Pocinhos, se consolidou como um importante ponto de passagem de tropeiros e gado. Foi nesse contexto que Algodão de Jandaíra começou a se formar, crescendo ao redor dessas rotas de trânsito.
Antes dessa ocupação colonial, a terra era habitada por tribos indígenas, como as tabas de Queimadas e Jandira Caxexa. Em 1778, colonizadores chegaram às margens da Lagoa de Remédio, nomeada em homenagem a Remígio, genro do desbravador Barbosa Freire. A fazenda Jandaíra, situada entre Areia e Pocinhos, se consolidou como um importante ponto de passagem de tropeiros e gado. Foi nesse contexto que Algodão de Jandaíra começou a se formar, crescendo ao redor dessas rotas de trânsito.
O Major Joaquim dos Santos Leal, proprietário da fazenda Jandaíra, foi uma figura central nos acontecimentos políticos do século XIX. Seu envolvimento na Revolta Praieira, movimento liberal que buscava combater o poder oligárquico e a centralização imperial, trouxe a região para o cenário nacional. A revolta, iniciada em Pernambuco em 1848, encontrou apoio em cidades do interior, como Areia, onde o Major Leal forneceu suporte logístico aos revoltosos. Sua fazenda serviu de base estratégica, mas após os conflitos, o movimento foi derrotado, e o major foi preso, condenado por conspiração. Enviado para Fernando de Noronha, ele faleceu em condições adversas, enquanto sua família foi perseguida e forçada a se refugiar na própria fazenda.
Além de seu peso político, Algodão de Jandaíra também se destaca por seu inestimável patrimônio arqueológico. A região é rica em gravuras rupestres, que contam a história dos povos pré-históricos que habitaram essas terras muito antes da chegada dos colonizadores. Sítios como a Pedra da Letra, Pedra do Caboclo, Pedra Furada e Pedra do Poço revelam figuras geométricas, inscrições e representações de animais, gravadas em rochas há milhares de anos. Esses registros oferecem uma visão fascinante sobre as crenças, o cotidiano e a visão de mundo das antigas civilizações indígenas que habitaram o território.
José Américo de Almeida, renomado escritor paraibano que passou parte de sua infância em Algodão de Jandaíra, via a região como um tesouro histórico. Ele descreveu as inscrições rupestres como peças de um enigma ancestral, com cada símbolo ou figura revelando fragmentos de um passado distante. Para ele, preservar essas marcas deixadas pelas antigas civilizações é essencial para enriquecer nosso entendimento sobre as origens da sociedade que moldou a identidade local.
Diante dessa riqueza histórica e cultural, é urgente que as autoridades tomem medidas para garantir o tombamento da Gruta do Caboclo como patrimônio arqueológico e espeleológico. A implementação de ações de preservação e fiscalização é crucial para proteger esses tesouros de saques e vandalismo. Preservar Algodão de Jandaíra não é apenas reconhecer seu passado, mas também assegurar que sua relevância histórica e cultural continue sendo valorizada no futuro.