Alagoinha: campos de algodão de cores e a exuberância de girassóis

Photo by Palmarí H. de Lucena
Alagoinha: campos de algodão de cores e a exuberância de girassóis

O município de Alagoinha, situado em um território que outrora serviu de rota para contrabandistas franceses em busca de ouro na Serra da Copaoba no século XVI, possui uma história rica e marcante. Habitada originalmente pelos índios Potiguaras, a região viu seu primeiro embrião de povoamento surgir por volta de 1864, com a construção de uma casa às margens de uma lagoa, destinada a abrigar os tropeiros que se dirigiam à famosa feira de Mamanguape.

Existem divergências sobre a fundação oficial da localidade, com algumas fontes apontando 1870 como o ano de sua fundação por Luiz Honorato, seguido por outros pioneiros como o Tenente José Joaquim de Moura e o Capitão Firmino Alves Pequeno. O processo de consolidação administrativa teve marcos importantes, como a criação do distrito de Paz de Alagoinha em 1921 e sua posterior vinculação ao município de Guarabira em 1936.

Um capítulo curioso e significativo na história de Alagoinha foi a mudança de seu nome para Tauatuba em 1943, derivado de uma expressão indígena que significa “abundância de barro vermelho”, a identidade original foi prontamente restaurada em 1948. Com amplo apoio popular, a emancipação de Alagoinha foi conquistada em 3 de dezembro de 1953, marcando uma nova era de autonomia e desenvolvimento local.

A Estação Experimental de Alagoinha faz parte da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária do Governo do Estado. Com mais de 90 anos de história, a instituição é dedicada à prestação de serviços e à realização de pesquisas que impulsionam o progresso da agropecuária regional. Isso inclui atividades como o melhoramento genético de animais, a execução do projeto de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e uma criteriosa avaliação do potencial leiteiro de diversas matrizes.

A tonalidade dourada dos girassóis e os experimentos com cores no algodão destacam-se em contraste com as nuances de verde encontradas nas variedades de capim estudadas pelos pesquisadores da instituição.

O município ostenta uma exuberante paisagem urbana, onde a vegetação se mescla harmoniosamente com o ambiente natural. As árvores adornam as avenidas e parques da cidade, embelezando sua estética e desempenhando funções ecológicas vitais. Além de proporcionarem sombra agradável aos transeuntes, elas servem como habitat para a vida selvagem local, enriquecendo a biodiversidade do entorno.

Essas árvores não são apenas elementos naturais; elas também simbolizam o patrimônio cultural de Alagoinha. Ao longo dos anos, tornaram-se testemunhas silenciosas do desenvolvimento da cidade e dos laços entre seus habitantes e o meio ambiente. Assim, preservar e cuidar dessa rica vegetação é não apenas uma questão ambiental, mas também uma forma de honrar a história e a identidade desta comunidade.

Palmarí H. de Lucena, membro da União Brasileiras de Escritores

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