O verde, em sua cor serena,
Traz consigo um grande enigma,
Mas ao ser revelado, nada muda,
Permanece em sua calma digna.
Antônio David, homem simples,
Com suas lentes, não tenta explicar,
Deixa-nos imersos em reflexão,
Sobre o que a arte pode revelar.
Suas fotos são mais que imagens,
São pensamentos, são meditações,
Eternas são as paisagens que capta,
Transformando momentos em criações.
O homem caminha, fardos ao ombro,
Olhos atentos, sempre a buscar,
O que os outros não conseguem ver,
No simples, ele encontra o singular.
Diante das lentes, o mundo se transforma,
O visual se torna ideia e concepção,
Click, click, mais uma obra surge,
Arte que nasce da pura observação.
Verde é o mistério que nunca se explica,
Mas nas mãos de Antônio, vira poesia,
Fotografias que falam, que nos tocam,
E nos fazem sentir a própria alma do dia.
Palmarí H. de Lucena